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Peso no bolso: Devido a pressão nos preços de medicamentos, inflação sobe 0,61% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, subiu 0,61% em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todos os grupos pesquisados tiveram alta no mês, mas o destaque vai para o setor de Saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,49% em abril e teve impacto de 0,19 ponto percentual no índice cheio.

Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,18% na janela de 12 meses.

O resultado do IPCA vem na sequência de um avanço de 0,71% em março. No ano, acumula alta de 2,72%. Já em abril de 2022, o índice teve alta de 1,06%.

Em abril, o índice veio acima das expectativas de mercado. O Valor Data, do jornal “Valor Econômico”, estimava alta de 0,55% no mês passado, considerando uma mediana de 46 projeções coletadas.

Veja o resultado dos nove grupos que compõem o IPCA: Alimentação e bebidas: 0,71%; Habitação: 0,48%; Artigos de residência: 0,17%; Vestuário: 0,79%; Transportes: 0,56%; Saúde e cuidados pessoais: 1,49%; Despesas pessoais: 0,18%; Educação: 0,09%; Comunicação: 0,08%.

Medicamentos e alimentação em alta O principal motor da inflação em abril veio dos preços de medicamentos e produtos farmacêuticos, segundo o IBGE. Só entre esses artigos, houve alta de 3,55% constatado no índice, um impacto de 0,12 ponto percentual na inflação.

Além dos aumentos nas compras em farmácia, os preços nos planos de saúde também tiveram alta de 1,20%. “Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023”, diz André Almeida, analista do IBGE.

Outro ponto de pressão na inflação de abril foi o grupo de Alimentação e bebidas, que voltou a ganhar tração e acelerar. Em março, o setor havia colhido alta de 0,05%. No fechamento de abril, subiu a 0,71%.

Segundo o IBGE, a pressão veio da alimentação no domicílio, com altas de itens básicos de alimentação. É o caso do tomate (10,64%), do leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%). O grupo havia desacelerado consideravelmente em março, apresentado deflação de 0,14%. Agora, fechou com alta de 0,73%.

A alimentação fora do domicílio teve uma pequena variação, passando de uma alta de 0,60% em março para 0,66% em abril. De acordo com o IBGE, o lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%, e a refeição saiu de 0,41% para 0,51%.

Os combustíveis, “vilões” das últimas medições do IBGE, deram alguma trégua no mês de abril e registraram queda de 0,44% — em março, o instituto havia registrado alta 7,01% no mês. Desta vez, apenas o etanol teve alta (0,92%), enquanto diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) caíram.

INPC tem alta de 0,53% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,53% em abril. Em março, a alta foi de 0,64%.

Assim, o INPC acumula alta de 2,42% no ano e de 3,83% nos últimos 12 meses. Em abril de 2022, a taxa foi de 1,04%.

*G1

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