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Gravíssimo: PF descobre elo financeiro das duas maiores facções criminosas do país, na PGR

Foto: José Cruz/ABr.

Além de mirar integrantes do PCC e do Comando Vermelho, a Operação Dakovo – investigação da Polícia Federal sobre poderoso esquema de tráfico internacional de armas – tem como alvo um servidor do Ministério Público Federal, lotado na cúpula da instituição, a Procuradoria-Geral da República. Analista processual, Wagner Vinicius de Oliveira Miranda é apontado como suposto integrante do ‘núcleo financeiro’ da quadrilha desbaratada na Operação Dakovo.

Os investigadores se debruçam sobre supostas operações entre uma companhia do qual o servidor do MPF é sócio e uma empresa cujas contas são usadas para recebimento de pagamentos de armas e drogas – a qual é controlada por Angel Antonio Flecha Barrios, apontado como intermediário da quadrilha que atuava na fronteira do Brasil com o Paraguai, abastecendo as principais facções brasileiras com pistolas, fuzis e munições de grosso calibre, arsenal que seria usado para ‘enfrentamento’.

A Justiça Federal da Bahia determinou que a Polícia Federal vasculhasse a casa de Wagner no bojo da fase ostensiva da Operação, aberta na terça-feira, 5. Também foi decretado o afastamento cautelar de Wagner da PGR por 30 dias, com a suspensão de acesso a sistemas internos ou externos que ele tenha em razão do cargo que ocupa.

A Justiça entendeu que a medida era necessária uma vez que, enquanto servidor lotado na PGR, Wagner possuía ‘livre acesso a sistemas e dados internos, podendo, eventualmente, acessar informações sensíveis relacionadas à operação’.

A Justiça levou em consideração o fato de Wagner possuir cadastro ativo nos sistemas do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, como servidor do MPF, ‘de modo que tem acesso a todos os processos, inclusive aqueles classificados com sigilo’.

Wagner é listado como integrante de um grupo de pessoas que ‘figuram nos comprovantes de depósitos e que permitiram o uso de suas contas bancárias para o recebimento de pagamentos de armas e drogas por parte de criminosos no Paraguai’.

*Com o UOL

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