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Entenda por que a esquerda defende a democracia mas não necessariamente o Estado Democrático de Direito

(Imagem: Folhapress.folha.com.br)

Você ouve frequentemente a esquerda falar sobre democracia. A palavra evoca um governo que é, em teoria, liderado pelo “povo”, mas isso não significa necessariamente que o povo realmente detenha o poder. Regimes como os da Venezuela, China e Coreia do Norte, por exemplo, realizam eleições, mas com resultados usualmente favoráveis aos ditadores. Eles então criam a narrativa de que o povo lhes outorgou o poder de governar, assim governam em nome do povo e rotulam seu regime de democrático.

A distinção entre democracia e Estado Democrático de Direito é fundamental para entender as nuances dos sistemas políticos e legais em diferentes países. Vamos explorar esses conceitos:

  1. Democracia:
  • A democracia é um sistema político em que o poder é exercido pelo “povo” ou por um governante ao qual o povo pode conceder poder absoluto.
  • No entanto, a democracia por si só não garante a proteção dos direitos individuais e fundamentais. Em alguns casos, regimes democráticos podem restringir liberdades e direitos.
  1. Estado Democrático de Direito:
  • O Estado Democrático de Direito vai além da mera democracia. Ele incorpora elementos cruciais como:
    • Legalidade: O poder estatal é restringido por normas jurídicas. As ações do governo devem estar em conformidade com a lei.
    • Proteção dos Direitos Fundamentais: Além de garantir os direitos dos cidadãos, a ênfase está na limitação dos poderes dos governantes.
    • Separação de Poderes: Os poderes executivo, legislativo e judiciário são independentes e funcionam como freios e contrapesos.
    • Supremacia da Constituição: A Constituição é a lei máxima e prevalece sobre todas as outras leis.
  • No Estado Democrático de Direito, o poder emana do povo e é exercido em favor do povo. A liberdade individual é resguardada e os governantes estão sujeitos à lei.

Em suma, enquanto a democracia enfatiza a participação popular, o Estado Democrático de Direito avança mais, assegurando direitos fundamentais e limitando o poder estatal.

*Por Júnior Melo, advogado e jornalista

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