A Polícia Federal comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não conseguiu, junto às autoridades dos Estados Unidos, informações sobre o suposto uso de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados no país norte-americano.
Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e outras 15 pessoas foram indiciadas recentemente pela PF por envolvimento em suposto esquema de falsificação de cartões de vacina. A defesa do ex-presidente, no entanto, alega que a investigação é “enviesada”.
Um pedido de cooperação jurídica internacional foi enviado pela Polícia Federal às autoridades dos Estados Unidos, solicitando informações sobre a legalidade ou ilegalidade da entrada do grupo de Bolsonaro no país, especialmente a respeito da utilização de certificados de vacinação contra a Covid-19.
Bolsonaro e comitiva não apresentaram comprovantes de vacinação contra covid, dizem EUA
Em resposta ao pedido da PF, os EUA repassaram registros de passagem de fronteira fornecidos pelo controle alfandegário e pela proteção de fronteiras. Os registros de entrada e saída dizem respeito ao período entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de março de 2023.
“O Departamento de Justiça americano relatou que o u.s. Customs and Border Protection (CBP) não possui registros se os investigados supramencionados apresentaram comprovantes de vacinação contra a COVID-19″, informou o relatório da PF enviado ao STF. “Da mesma forma, os registros de controle de entrada e saída do território americano não trazem as informações se os investigados alegaram que foram vacinados ou que estavam isentos de apresentarem requisitos de vacinação”, acrescentou o órgão.
Caberá, agora, ao relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, enviar a conclusão da PF para a PGR avaliar se pretende arquivar ou oferecer uma acusação formal à Justiça contra os indiciados.
*Ponto Poder