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Bolsonaro elege maior bancada para o Senado podendo chegar a 15 senadores no ano que vem

O presidente Jair Bolsonaro saiu vitorioso das eleições do Senado neste domingo e com a perspectiva de corrigir uma de suas maiores fragilidades no Congresso nos últimos anos — a ausência de uma base aliada de senadores. De 27 vagas no Senado, foram 14 eleitos com o endosso de Bolsonaro, turbinando especialmente a bancada do PL, seu partido. O ex-presidente Lula (PT), por sua vez, conseguiu eleger oito aliados, pouco mais de metade de seu adversário.

A eleição de oito senadores do PL faz com que a bancada do partido do presidente fique, até o momento, com 13 senadores, e se consagre como o maior partido do Senado. Essa é a primeira eleição desde a redemocratização em que o MDB saiu de uma eleição sem a maior bancada. O partido conseguia garantir sua hegemonia na Casa desde as eleições de 1986.

O presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, foi o grande vencedor na disputa ao Senado neste domingo. Dos 27 candidatos eleitos, 14 são apoiados pelo presidente, sendo quatro deles ex-ministros do governo — Rogério Marinho (RN), Marcos Pontes (SP), Tereza Cristina (MT) e Damares Alves (DF), um, ex-secretário, Jorge Seif (PL-SC) e outro, o vice-presidente, Hamilton Mourão (RS).

Ao todo, a bancada do PL pode chegar a 15 senadores no início do ano que vem, já que há dois senadores licenciados, Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Gomes (PL-TO). Mello concorre ao governo de Santa Catarina e foi para o segundo turno; se não for eleito, deve voltar ao Senado. Gomes também deve voltar a seu mandato, que acaba apenas em 2027.

A tática de Bolsonaro visa estancar as derrotas que o governo sofre na Casa, hoje corriqueiras. Além disso, bolsonaristas senadores também devem pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que cabe a eles julgarem eventuais processos de impeachment dos ministros da Corte.

*O Globo

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