Segundo a organização, jovens e saudáveis podem ter uma boa eficácia para combater o vírus sem o reforço
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quinta-feira que não há necessidade de aplicar a quarta dose — o segundo reforço — na população geral livre de fatores de risco. Segundo os especialistas do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE, na sigla em inglês), a indicação do reforço fica restrita aos grupos que contém um alto risco de desenvolver a forma grave da doença.
São eles: idosos, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, gestantes e profissionais de saúde.
Segundo os especialistas em imunização, pessoas mais jovens e saudáveis conseguem proteção duradoura contra a Covid após o primeiro reforço, não necessitando de uma segunda dose.
O conselheiro sênior de saúde da OMS e secretário da SAGE, Joachim Hombach, aponta que há outros dois motivos para a queda da necessidade do imunizante: o primeiro deles é que há um risco “muito baixo” da população geral desenvolver quadro grave da doença após o primeiro reforço.
E o segundo, de acordo com Hombach, é que uma grande parte das pessoas, com a alta circulação do vírus, desenvolveu imunidade híbrida, ou seja, a combinação entre a proteção conferida pelas vacinas e a proteção proveniente das infecções do coronavírus, o que teoricamente dobraria as defesas.
A OMS afirma que, caso tenha uma vacina especifica para uma variante, como os novos imunizantes que estão sendo produzidos contra a Ômicron, haverá uma nova atualização. “Uma vez autorizadas para uso, vacinas específicas para variantes podem ser consideradas. No entanto, os indivíduos de alto risco não devem atrasar o recebimento de uma dose de reforço em antecipação a estas”, diz o documento.