A deputada estadual Dr. Silvana (PL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), nesta terça-feira, 8, para denunciar um professor que supostamente teria escrito a frase “Jesus era um vagabundo e um idiota” no quadro de uma sala de aula, em uma escola pública na Capital.
A parlamentar não citou o nome do profissional a quem atribuiu o ato, nem o contexto no qual a frase foi supostamente escrita, mas disse que o caso ocorreu na escola Telina Barbosa, localizada no bairro Messejana, em Fortaleza. No entendimento da parlamentar, a prática “ataca e persegue” a fé de alunos e familiares.
“Uma aluna, do primeiro ano do ensino médio da escola Telina Barbosa, de forma escondida fotografou o quadro onde o professor de filosofia, a próprio punho, escreveu a seguinte frase: ‘Jesus era um vagabundo e um idiota’. (…) Aqui é muito simples fazer a perícia da letra do professor. Ele pode escrever o que quiser na vida dele, mas não na sala de aula”, criticou.
Segundo a deputada, o caso chegou até ela a partir de uma denúncia feita por uma liderança local. A parlamentar explicou que a aluna repassou a imagem para a mãe, que posteriormente “colocou no grupo de oração da igreja”, fazendo com que a liderança tomasse conhecimento e contatasse a deputada.
Silvana disse ainda que entrou em contato com a secretária da Educação sobre o caso. “(A secretária) é uma pessoa muito correta e ela disse que vai apurar e tomar as providências. Queria que vários deputados ligassem para a secretária e me acompanhassem”, pediu a deputada aos colegas.
O vice-presidente da Alece, deputado Fernando Santana (PT), que presidia a sessão no momento da denúncia, afirmou ter telefonado para a secretária da Educação. “Se for constatado, se foi um professor, providências serão tomadas” comentou Santana.
A Secretaria da Educação (Seduc) disse que apura o caso, mas confirmou que a frase tenha sido escrita. Por meio da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor 2), a gestão afirmou que a ação foi feita em uma aula de Filosofia e teria sido com o intuito de “provocar discussões pertinentes“.
“Na rede pública estadual de ensino, o ambiente escolar é espaço de respeito aos direitos humanos, de construção de cidadania e promoção da cultura de paz. Portanto, são repudiados atos de intolerância e discriminação religiosa”, disse por meio de nota. A pasta disse ainda que denúncias devem ser feitas à Ouvidoria do Estado, pela Central 155.