Ele acha que a solução para a polêmica é revogar a proibição de importar combustíveis.
A Petrobras se locupleta da lógica do mercado, sobretudo para se blindar de “interferências”, mas não se submete à lei de mercado mais saudável e preciosa: a concorrência.
Do alto de sua experiência, o ex-ministro e consultor Delfim Netto está convencido de que a solução para a polêmica envolvendo combustíveis seria resolvida revogando-se a proibição para importar combustíveis.
“A Petrobrás precisa ser submetida a concorrência”, aconselha o professor. Só a concorrência derruba preços.
O Cade, que atua contra os cartéis, fez várias recomendações para o setor de combustíveis, incluindo extinguir a proibição de importação.
A Constituição poupa a Petrobras da concorrência, com o monopólio na lavra e refinação do petróleo e importação ou exportação de derivados.
Quando roubada, como na era PT, ou vítima de má gestão, a Petrobras esquece o mercado e recorre ao Tesouro Nacional para cobrir prejuízos.
O cartel (ou “máfia”, como preferem donos de postos) das distribuidoras de combustíveis também se beneficia da falta de concorrência no setor. (DP).