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Nos 32 anos de Ipaporanga o circo nunca foi tão atual

A política do pão e circo é como ficou conhecida a maneira com a qual os governantes de Roma lidavam com a população para conquistar o seu apoio e mantê-la sempre satisfeita, com o provimento de comida e diversão ao povo. Essa expressão tem origem no latim panis et circenses e apareceu na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal, que viveu por volta do ano 100 d.C.

Com a sua expansão, o Império Romano tornou-se um estado rico e cosmopolita, tendo a capital Roma como o centro dos acontecimentos sociais, culturais e políticos.

Embora fosse um estado rico, apenas uma pequena parcela da população detinha muita riqueza, enquanto a maioria dos romanos vivia em péssimas condições de vida nas cidades, na pobreza, exploradas em seus empregos com muito trabalho braçal e habitações com espaço reduzido com pouco ou nenhum saneamento básico.

Para evitar as revoltas sociais que podiam surgir como consequências dessa situação de desigualdade, os imperadores romanos criaram a política do pão e circo.

No Brasil de hoje temos o circo, mas falta o pão nas mesas dos milhões de brasileiros, desempregados, desesperados e abandonados pelo poder público de um país rico, no entanto, como na Roma antiga, com a riqueza concentrada nas mãos de poucos.

Sobra ao povo, o circo. Na pequena Ipaporanga, em forma de festa, segundo os donos do poder, no município, para celebrar os 32 anos de emancipação política, para os abastados, daqueles que detém o poder e concentram as riquezas nessas três décadas.

Para o povo, uma noite de animação, talvez faça com que ele esqueça de sua miséria, num lugar onde os serviços públicos não tem qualidade, e o desemprego e a pobreza imperam.

Por Luís Augusto. Radialista, Teólogo e jornalista (4283/CE) – Portal Cearense News.

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