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México e Noruega não recomendam vacinação para crianças de 5 a 11 anos

O México acha desnecessário vacinar crianças de 5 a 11 anos enquanto a Noruega entende que o conhecimento ainda é limitado em relação aos efeitos colaterais decorrentes da vacina.

Motivo de divergência entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação contra a Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos, uma diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS), não será recomendada por México e Suécia, conforme anúncios feitos por autoridades dos dois países nesta semana.

Os dois seguem posicionamento da Noruega, cuja agência de saúde havia se manifestado nesse sentido há duas semanas.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, afirmou na quarta-feira (26) que não é necessário vacinar crianças entre 5 e 11 anos.

“Temos que ver se foi isso que a Organização Mundial da Saúde recomendou, porque tenho informações dos responsáveis pelo setor de saúde no nosso país que inclusive sustentam o contrário”, disse o presidente mexicano no Palácio Nacional.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (28), o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde, Hugo López-Gatell, alegou que o governo mexicano apenas segue recomendação da OMS de que, antes de implementar uma estratégia de vacinação de crianças e adolescentes, “é necessário considerar alcançar uma alta cobertura de esquemas primários e de reforço, conforme necessário para otimizar as vacinas, em grupos de maior prioridade, como os idosos”.

Noruega alega “conhecimento ainda limitado” sobre efeitos colaterais

No último dia 14, a Noruega havia informado que a vacina contra a Covid-19 seria oferecida a crianças de 5 a 11 anos apenas se solicitado por pais ou responsáveis. “Essa vacinação é fornecida de forma voluntária e não há recomendação geral para vacinar todas as crianças nessa faixa etária”, apontou um comunicado do governo norueguês.

“As crianças raramente ficam gravemente doentes, e o conhecimento ainda é limitado sobre efeitos colaterais raros ou efeitos colaterais que podem surgir em um momento distante. Há pouco benefício individual para a maioria das crianças, e o Instituto Norueguês de Saúde Pública não recomendou que todas as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas”, argumentou a ministra da Saúde norueguesa, Ingvild Kjerkol.

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