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Saiba quais são os supostos motivos para o ataque terrorista do grupo extremista Hamas contra Israel

Mais de 1.100 mortos e 4.300 feridos em dois dias de confronto

O segundo dia do pior ataque contra Israel, em 50 anos, e do revide com bombardeios contra o Hamas na Faixa de Gaza, registrou, ao menos, 1.120 mortos e 4.300 feridos nos dois lados dessa guerra, de acordo com autoridades. Nesse domingo (8), novas explosões foram registradas e o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, anunciou a retirada de milhares de pessoas que moram próximas do território controlado pelo grupo extremista Hamas.

Em Israel, ao menos 700 pessoas foram mortas e mais de 2 mil ficaram feridas, segundo a imprensa local. Já na Faixa de Gaza, 413 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram, e 2.300 acabaram ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Outras sete pessoas perderam a vida na Cisjordânia.


Cerca de 1 mil combatentes do Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, se infiltraram por terra, mar e ar em solo vizinho no sábado (7). A ação, sem precedentes, foi acompanhada dos disparos de milhares de mísseis contra Israel.

Na região, que concentra 2 milhões de palestinos, moradores relatam desespero sob os bombardeios israelenses. Ao menos 20 mil pessoas buscaram abrigo em escolas administradas pelas Nações Unidas. Segundo a emissora de TV Al Jazeera, um bombardeio da Israel matou ao menos 22 membros da família em Khan Younis, no sul palestino.

Ontem, após Netanyahu declarar guerra, o conflito se alastrou. Militares israelenses relataram que mais morteiros foram disparados do Líbano contra o norte de Israel. O grupo armado Hizbullah assumiu a autoria dos ataques e manifestou “solidariedade” ao povo palestino.


A ação teve como alvo três postos militares em área ocupada por Israel desde 1967 que o Líbano reivindica. As forças israelenses responderam com ataques de artilharia contra o Líbano e ofensiva de drones a um posto do Hezbollah próximo da fronteira. Não há relatos de vítimas.

Um porta-voz militar israelense disse que operações estavam acontecendo em oito áreas ao redor de Gaza nesse domingo. A cidade registrou fumaça preta, flashes de cor laranja e faíscas no céu devido às explosões. Drones israelenses podiam ser ouvidos pelos moradores. Os militares israelenses afirmaram também estar em processo de retirada de residentes de 24 aldeias na zona da fronteira da Faixa de Gaza, indicação de que podem estar se preparando para uma operação dentro do território palestino.


Depois de reunião noturna com o gabinete de segurança de Israel, o governo anunciou que o objetivo da operação em Gaza era destruir as “capacidades militares e de governo do Hamas e da Jihad Islâmica de uma forma que impediria a sua capacidade e vontade de ameaçar e atacar os cidadãos de Israel durante muitos anos”.

“Estamos embarcando numa guerra longa e difícil que nos foi imposta por um ataque assassino do Hamas”, afirmou Netanyahu em comunicado. O Exército de Israel anunciou que vai retirar milhares de pessoas que moram perto da Faixa de Gaza.


O papa Francisco apelou ao fim da violência, nesse domingo, dizendo que o terrorismo e a guerra não resolveriam quaisquer problemas, mas apenas trariam mais sofrimento e morte a pessoas inocentes. “A guerra é uma derrota, apenas uma derrota. Rezemos pela paz em Israel e na Palestina”, afirmou.


Ao lançar o ataque no sábado, o Hamas disse que a ofensiva foi motivada pelos “ataques crescentes” de Israel contra os palestinos na Cisjordânia, em Jerusalém e contra os palestinos nas prisões israelenses. O comandante militar do grupo, Mohammad Deif, convocou os palestinos de todo o mundo para lutar.


Considerado terrorista pelos Estados Unidos e boa parte dos países europeus, o Hamas prega a destruição de Israel. Foi criado em 1987, após o início da primeira intifada, levante palestino contra forças israelenses. A escalada surge em um contexto de violência crescente entre Israel e militantes palestinos na Cisjordânia ocupada por Israel, onde uma autoridade palestina exerce governo limitado, à qual se opõe o Hamas.


Hamas, Hezbollah e Jihad recebem armamento e inteligência do Irã, segundo autoridades israelenses.

Entenda

Israel
País localizado no Oriente Médio

Palestina
Território do Oriente Médio dividido entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, que luta por um Estado autônomo

Hamas
Grupo extremista islâmico armado que atua na Faixa de Gaza e Cisjordânia

Jihad Islâmica
Tem o objetivo de criar o Estado palestino islâmico e de destruir Israel por meio de guerra santa

Hezbollah ou Hizbullah (partido de Deus, em árabe)
Milícia libanesa surgida em 1985 como movimento de resistência a Israel, que àquela época ocupava o sul do Líbano

*Estadoce

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