A fila de espera por benefícios no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aumentou 33% nos últimos 3 meses, passando de 1,353 milhão de pedidos em junho para 1,798 milhão em setembro, segundo o Beps (Boletim Estatístico da Previdência Social).
Do total de pedidos, cerca de 1,5 milhão aguardam análise ou perícia médica pelo INSS, enquanto os demais dependem de documentos que ainda precisam ser enviados pelos segurados.
O número de processos com atraso superior a 45 dias aumentou de 541,2 mil em junho para 705 mil em setembro. No mesmo período, o tempo médio de concessão de benefícios passou de 39 para 41 dias. A ampliação da fila foi influenciada por fatores como a greve de servidores e médicos peritos, além de problemas no sistema.
Um estudo mostra que o Brasil terá mais beneficiários da Previdência Social que contribuintes do INSS a partir de 2051. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), há um “rápido e intenso” processo de envelhecimento populacional e a população idosa irá dobrar em 30 anos.
Os benefícios previdenciários custarão R$ 1 trilhão em 2025. O crescimento da população assistida aumenta o gasto obrigatório e diminui outras despesas, como bolsas de estudo, investimentos e farmácia popular, por exemplo.
De 2012 a 2022, o número de trabalhadores ocupados que pagadores de impostos para a Previdência aumentou de 55,8 milhões para 62,5 milhões. O crescimento acumulado foi de 12% –aumento médio anual de 1,14%.
No mesmo período, o número de beneficiários de aposentadoria e/ou pensão aumentou de 23,1 milhões para 28,5 milhões. Teve alta de 23,4%, ou 2,12% em média anual.
O levantamento diz que, em 2030, o Brasil terá 39,9 milhões de beneficiários e 63,9 milhões de pagadores de impostos. Em 2051, serão 61,3 milhões de aposentados e pensionistas e 60,7 milhões de contribuintes.