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Em carta aberta, Cientistas alertam que vacinas são insuficientes para enfrentar a covid

Máscaras, distanciamento, ventilação e higienização das mãos, para impedir disseminação da variante Ômicron.

Em carta aberta, profissionais citam uma série de medidas que podem ser tomadas pelos países diante das novas variantes do coronavírus

Cientistas de vários países publicaram uma carta aberta no última segunda-feira, 3, na revista científica British Medical Journal  demonstrando preocupação com relação a estratégias de saúde pública aplicadas por alguns países no enfrentamento da covid-19. 

Segundo os profissionais, uma abordagem baseada apenas na vacinação em massa não é suficiente para conter a pandemia, uma vez que as vacinas aplicadas hoje foram desenvolvidas com base na cepa original do coronavírus, portanto, antes do surgimento de novas variantes. 

“Comparada à Delta, a Ômicron tem muito mais probabilidade de infectar aqueles que foram vacinados ou expostos a variantes anteriores da SARS-CoV-2, sugerindo escape imunológico significativo”, informa o texto.

Por isso, os cientistas fazem um apelo global para que uma combinação de ações, além da aplicação de vacinas, seja seguida a fim de retardar o surgimento de novas cepas e interromper o ciclo de transmissão, sem afetar negativamente a atividade econômica ou social do planeta. A carta lista uma série de medidas que os países devem seguir, como:

Declarar inequivocamente a SARS-CoV-2 como um patógeno transmitido pelo ar e transmitir uma clara mensagem para que sejam removidas confusões que têm sido utilizadas para justificar políticas desatualizadas

Promover o uso de máscaras faciais de alta qualidade para reuniões internas e outros ambientes de alta transmissão, de preferência máscaras PFF2, N95 ou KF94

Aconselhar sobre ventilação e filtração eficazes do ar. Garantir que todos os prédios públicos sejam idealmente projetados, construídos, adaptados e utilizados para maximizar o ar limpo para os ocupantes

Estabelecer critérios para impor ou relaxar medidas para reduzir a propagação de covid-19 com base nos níveis de transmissão na comunidade, apoiar medidas urgentes para alcançar a igualdade global de vacinas, incluindo compartilhamento de vacinas, suspensão de patentes, remoção de barreiras à transferência de tecnologia e estabelecer centros de produção regionais. 

A carta finaliza citando a declaração do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, dada em dezembro de 2021:

“Preciso ser muito claro: as vacinas por si só não tirarão nenhum país desta crise. Os países podem e devem evitar a disseminação da Ômicron com medidas que funcionam hoje. Não são vacinas em vez de máscaras, não são vacinas em vez de distanciamento, não são vacinas em vez de ventilação ou higiene das mãos. Faça tudo. Faça isso de forma consistente. Faça isso bem”. TBrasil

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