Deputado lamenta a falta de debates e de secretários estaduais na Assembleia

(Deputado Sargento Reginauro – Foto: Junior Pio)

O deputado Sargento Reginauro (União) disse achar estranho o momento atual da Assembleia Legislativa, que segundo ele, tem deixado de lado sua prerrogativa de poder constituído mais democrático, para servir apenas a atender as demandas do Governo do Estado. Segundo ele, nos últimos meses, audiências públicas deixaram de acontecer, requerimentos foram negados e secretários não aceitam convite para debater nas comissões temáticas.

Ele esteve, na manhã desta quarta-feira (28), em reunião com o médico Dr. Cabeto, e no encontro o profissional de saúde afirmou que quando secretário de Saúde do Estado esteve por mais de dez vezes na Assembleia Legislativa quando convidado. Comentou-se, ainda, que o Legislativo cearense “virou uma espécie de secretaria do Governo do Estado”.

“Nesse momento, a Assembleia se coloca numa posição extremamente estranha, para dizer o mínimo. Ela abre mão da prerrogativa do seu lugar constituído, como poder democrático, porque aqui estão 46 porções da população cearense representadas”, disse.

Para ele, a Casa, como poder democrático, “tem entregue completamente de bandeja para o Governo do Estado aquilo que é sua competência”. “Ouvir o povo, fazer debate público, realizar audiências públicas. Não tem mais convocação de secretário aqui para dar esclarecimentos. Os requerimentos são engavetados, derrubados e nem para votação vem”, pontuou.

Ele destacou que Cabeto foi até a Casa a convite da oposição e se disse preocupado com o andamento da Saúde do Estado. “O Dr. Cabeto definiu o Governo como claudicante, sem projetos.

Ainda segundo Reginauro, especificamente sobre o Hospital Universitário do Ceará não há planos, projetos ou organogramas para os próximos passos. Já os hospitais regionais, conforme discutido em reunião, teriam se transformado em “grandes postos de saúde, um lugar onde espera-se transferência para atendimento na Capital”.

“O Dr Cabeto também lamentou a extinção da Funsaúde, que tinha como função otimizar o recurso gasto na ponta. Hoje, com as OS temos precarização da mão de obra. 

*Informações com o blog do Edison Silva

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