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Aumenta de forma avassaladora o pessimismo do mercado em relação ao governo Lula

 Foto :Palácio do Planalto

A discussão sobre uma possível mudança na meta fiscal de 2024 antes mesmo do início da vigência do novo arcabouço fiscal ampliou o pessimismo de agentes do mercado financeiro em relação ao desempenho da economia brasileira, à capacidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entregar uma política fiscal eficiente.

É o que mostra a quinta edição da pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, divulgada pela Genial/Quaest nesta quarta-feira (22). Segundo o levantamento, em dois meses, subiu de 34% para 55% o grupo de economistas, analistas e gestores consultados que esperam uma piora da economia do país nos próximos 12 meses − uma continuidade no movimento de reversão da tendência de melhora observada ao longo do primeiro semestre. Em março, os pessimistas representavam 78% da amostra.

Para 73% dos entrevistados, a política econômica do país está na direção errada, enquanto 27% enxergam o contrário. A diferença entre os dois grupos chegou a ser de apenas 6 pontos percentuais em julho, quando o projeto de lei complementar que instituiu o novo marco fiscal, assim como algumas medidas de ajuste fiscal pelo lado das receitas, avançava no Congresso Nacional.

Questionados sobre o principal problema que dificulta a melhora da economia brasileira, de setembro para cá, subiu de 57% para 77% o grupo de entrevistados que apontam a falta de uma política fiscal que funcione. Na sequência, aparecem interesses eleitorais (9%), a alta taxa de juros (8%) e a baixa escolaridade e produtividade da população (6%).

Em relação ao desempenho do governo do presidente Lula, voltou a crescer o hiato entre otimistas e pessimistas. Para 52% dos entrevistados, a atual administração é negativa − uma alta de 5 pontos percentuais em relação a setembro. O percentual, no entanto, segue distante das piores marcas, registradas em março (90%) e maio (86%).

A pesquisa Genial/Quaest realizou 100 entrevistas com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de fundos de investimentos com sede em São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 16 e 21 de novembro. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas online através de questionários estruturados.

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