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As guerras e suas semelhanças com os resultados das más escolhas do eleitor

Por Luís Augusto: Teólogo, radialista e jornalista.

O ser humano vive em guerra desde que resolveu desobedecer o Criador ainda no jardim do Éden, bem no início, Gênesis (3). O resultado de tal ato foi a expulsão de Adão e Eva do paraíso e a morte espiritual. No entanto, é preciso entender que até o indivíduo passar pela morte física, ele vai conviver com as dores e os efeitos da queda entre estes, a falta de paz com Deus. A Bíblia ensina: “Ele mesmo será a paz”. Se o próprio Jesus é a paz e não conseguimos encontrá-la, quer dizer que está nos faltando a presença de Deus. Tu guardarás em perfeita paz todos que em ti confiam, aqueles cujos propósitos estão firmes em ti. Isaías 26:3.

As guerras e os rumores de guerra, nações contra nações, conforme o relato feito pelo próprio Cristo, em Mateus (24), mais do que profecias sobre acontecimentos futuros, o que nós teólogos chamamos de escatologia, são sobretudo a consequência prática do tormento no interior do coração humano, distante e sem comunhão com o Deus vivo que se revelou ao mundo na pessoa de seu filho Jesus.

Os conflitos entre Israel e Hamas, Rússia e Ucrânia, bem como todos os outros tem sua origem no pecado. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3,23), no mesmo texto o Apóstolo Paulo apresenta a solução para a mais grave enfermidade do ser humano: sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter Ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3: 24-26).

Tal quadro de desolação e destruição vai continuar. No coração dos homens não reina Jesus e sim, o dinheiro, que leva a avareza, soberba, egoísmo, ao desejo desenfreado de dominar o mais fraco e pelo prazer que o poder propociona.

O paralelo entre as guerras e a política, na relação entre políticos e eleitores, gestores e geridos, representantes e representados é o mesmo. As guerras ao longo da história da humanidade deixaram quadros devastadores e consequências terríveis na vida das pessoas, com famílias inteiras tendo que abandonar suas cidades, casas, seus ciclos de relacionamentos, deixando para trás seus sonhos e tendo que enfrentar o pesadelo provocado pela dor da perda e da morte de amigos e familiares, sobretudo viver a incerteza do recomeço, sabe onde.

Como teólogo volto a citar a Bíblia, e alertar os milhões de eleitores brasileiros que comparecerão as urnas em 2024, para escolher prefeitos e vereadores em mais de cinco mil municípios, que não esqueçam das consequências das escolhas erradas que fizerem: não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo que o homem semear, isso também ceifará. (Gl 6:7).

Certamente seremos bombardeados por promessas das mais diversas: emprego, renda, incentivos para empresas se estabelecerem nos municípios, concurso público, saúde, educação, moradia, transporte, lazer…tudo igualzinho ao que moradores de países onde existe democracia de verdade, desfrutam, mas cuidado!

Entre os demagogos, hipócritas, traidores do povo e os maus pagadores, com seu arsenal de promessas, estarão prefeitos que não fizeram nada ou pouco daquilo com o que se comprometeram, há quem queira mais quatro anos para consolidar seu projeto familiar e pessoal de poder e aqueles de quem pensávamos estar livres.

Não esqueça que os efeitos do voto e das escolhas erradas são tão devastadores e destruidores de sonhos, e da vida das pessoas, quanto os mísseis, bombas e os tiros disparados de tanques de guerra.

*Opinião/Política

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