Acompanhando uma das maiores quedas já vistas nos preços internacionais do petróleo, o preço da gasolina no Brasil chegou a cair mais de 50% nas refinarias do início do ano até maio. A maior parte desse desconto, entretanto, não chegou ao consumidor: ele ficou represado nos postos de gasolina, e principalmente, nas distribuidoras, que são as intermediárias que compram os combustíveis fabricados nas refinarias e os revendem para os milhares de postos de gasolina do país.
Isso significa que o litro da gasolina saiu das refinarias e chegou às distribuidoras, em média, R$ 1 mais barato no começo de maio do que custava no começo de janeiro. No mesmo intervalo, entretanto, ela saiu das distribuidoras para os postos apenas R$ 0,46 mais barato.
Nos postos, por fim, o preço médio da gasolina caiu R$ 0,40 entre janeiro e maio. Percentualmente, a gasolina ficou 52% mais barata na refinaria, 11,9% mais barata nas distribuidoras e 9,2% nos postos. Como o valor final que chega à bomba é naturalmente maior do que o da refinaria, porque embutem custos adicionais como impostos, frete e salários, é normal que as variações percentuais fiquem menores para um desconto do mesmo tamanho, em centavos.
Na última quarta-feira (6), a Petrobras anunciou um aumento de 12% na gasolina de suas refinarias, que passou a vigorar na quinta-feira, 7. Foi o primeiro aumento depois de quatro meses praticamente ininterruptos de cortes, o que elevou o preço médio por litro para R$ 1,033 e reduziu a queda acumulada no ano de 52% para 46%. Essa última variação, entretanto, não foi incluída na conta, que considerou o período fechado de 1 de janeiro a 1 de maio. (CNN Brasil).