O mais recente Relatório sobre Segurança de Barragens (RSB) da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado neste mês, aponta que o Ceará é o Estado nordestino que mais apresenta barragens classificadas como “de alto risco”. São nove, ao total. Conforme o estudo, realizado a partir de fiscalizações in loco, os reservatórios listados apresentam problemas estruturais considerados preocupantes, como deformações e anomalias em estrutura de paredes e sangradouros. Os açudes que exigem mais atenção, segundo a ANA, são o Ayres de Souza (Jaibaras); Forquilha (Forquilha); Frios (Umirim); Lima Campos (Icó); Paulo Sarasate (Varjota); Pompeu Sobrinho (Choró Limão); Roberto Costa – Trussu (Iguatu); Várzea do Boi (Tauá) e Jaburu I (Ubajara/Tianguá). Todos eles são federais e pertencem ao Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).
Destes, três tiveram serviços de recuperação contratados pelo Dnocs: Lima Campos, Roberto Costa e Várzea do Boi. No entanto, as obras nos dois últimos açudes citados estão paralisadas há mais de 45 dias. Já a recuperação do Lima Campos sofreu duas interrupções por atraso no repasse de recursos, mas foi retomada na última semana. Diante da complexidade desta obra, o contrato entre a empresa Conjasf e Dnocs foi assinado no valor de R$ 7,4 mi.
A recuperação destas barragens é considerada, por especialistas, como crucial no período de ausência de chuvas. “A quadra chuvosa chegou e esses açudes danificados podem receber recarga elevada de água aumentando situação de risco”, observou o engenheiro Marcos Ageu Medeiros. No início de 2019, durante a quadra chuvosa, alguns reservatórios cearenses estiveram com risco iminente de rompimento. (Com o DN).