O apoio ao governo Bolsonaro na Câmara aumentou de 52,52% para 55,63%, considerando-se o total de 513 deputados federais e as 30 votações nominais ocorridas em novembro, em comparação com o mês anterior. O Palácio do Planalto sofreu apenas duas derrotas em plenário, uma na votação sobre a urgência para o projeto que institui o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida) e outra, na votação da MP nº 890/19, que cria o programa Médicos pelo Brasil. Apesar do rompimento do presidente Jair Bolsonaro, que lançou o seu próprio partido, o PSL continuou sendo a legenda mais leal ao governo, com 78,16% de apoio de sua bancada. Novo (75,44%) e Republicanos (72,87%) vêm logo a seguir. Os dados são da consultoria Arko Advice.
O governo conseguiu impor a maioria nas pautas mais importantes para Bolsonaro, como as que tratam do registro, posse e comercialização de armas de fogo; a Previdência dos Militares; o saque das contas de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); e a urgência para o projeto de lei sobre o novo marco regulatório do Saneamento. Rede (50%) e PSol (40,71%) se destacam na oposição aberta ao governo, enquanto PT (36,34%), PCdoB (36,60%) e PDT (35,45%), apesar da dura retórica ao governo, fazem uma oposição mais moderada. Os resultados têm muito a ver com a blindagem articulada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), às reformas econômicas.