O ministro Renan Filho (Transportes) anunciou nesta segunda-feira (23) que a reforma da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados de Tocantins e Maranhão, deve custar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões.
Parte da ponte cedeu na tarde de domingo (22). Ao menos uma morte foi confirmada —uma mulher de 25 anos— e 15 pessoas estão desaparecidas, entre elas duas crianças.
A ponte fica entre os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, e foi construída sobre o rio Tocantins na década de 1960.
O plano da pasta, segundo o ministro, é que a obra de reconstrução da ponte seja incluída ainda no exercício de 2024.
O Ministério dos Transportes também vai abrir uma sindicância para apurar causas e responsabilidades pelo acidente. A ponte é ligação entre as rodovias Belém-Brasília e Transamazônica.
A responsabilidade pela manutenção é do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão do Ministério dos Transportes.
Os governadores do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e do Tocantins (Republicanos) concordaram que a ligação rodoviária entre os estados deve ser feita através do município de Imperatriz, que já enfrenta congestionamento neste primeiro dia de desvios.
Até a noite de domingo (22), bombeiros e policiais envolvidos nas buscas confirmavam 14 desaparecidos, 12 adultos e duas crianças.
Nesta segunda, um motociclista foi incluído na lista, elevando o número para 15 pessoas.
Carros, motos e caminhões caíram na água e submergiram. As buscas foram suspensas na noite de domingo após mergulhadores identificarem que dois caminhões que caíram carregavam ácido sulfúrico, o que contaminou a água. Os órgãos públicos locais pediram à população que evite contato com a água do rio Tocantins nesta região.
Além dos caminhões que transportavam ácido, um levava defensivos agrícolas e outro carregava placas de MDF, material feito com fibras de madeira e resina sintética.
Moradores reclamam há mais de um ano dos aparentes problemas estruturais na ponte. No domingo, o vereador de Aguiarnópolis Elias Cabral Júnior (Republicanos) capturou, em vídeo, o exato momento em que parte da ponte cede.