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Após nova lei que proíbe mídia independente, jornalistas fogem de Cuba

(Foto/Reprodução)

Após a entrada em vigor da nova lei de mídia de Cuba, no início de outubro, o governo aumentou a repressão contra veículos e jornalistas independentes.

A legislação é uma resposta do governo aos protestos de julho de 2021, quando a população saiu às ruas contra o regime cubano.

A Lei de Comunicação Social, que regula a mídia do país desde 4 de outubro, determina que todos os veículos de imprensa, incluindo agências de notícias, rádio, televisão e mídias impressa e digital “são propriedade socialista de todo o povo ou de organizações políticas, de massa e sociais, e não podem estar sob nenhum outro tipo de propriedade”.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denuncia que ao menos oito jornalistas foram intimados e interrogados sobre suas atividades no país. Para tentar escapar do assédio, muitos profissionais estão deixando a ilha e noticiando do exílio a situação de Cuba.

Os profissionais e veículos foram considerados subsidiados por financiamento de governos estrangeiros, o que viola o Artigo 143 do código penal cubano, alegaram autoridades do governo ao CPJ.

Segundo o El Toque, ao menos 150 jornalistas cubanos trabalham exilados para fugir do assédio do governo cubano.

“O governo cubano parece estar envolvido em uma campanha de assédio e intimidação contra a mídia não estatal do país para forçá-los ao silêncio ou ao exílio”, disse Katherine Jacobsen, coordenadora do CPJ.

“O Comitê pede às autoridades cubanas que respeitem os direitos dos jornalistas de se expressarem livremente e de reportarem as notícias.”

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