Em fase embrionária de discussões, o Flamengo já traça caminho sobre o projeto de ter estádio próprio: a ideia é fazer um estádio maior do que o Maracanã. O tamanho em discussão é a partir de 80 mil lugares. Há quem defenda uma arena ainda maior, com capacidade para 110 mil pessoas.
Só que ainda não há um projeto consolidado, já que o primeiro passo é se acertar em relação ao terreno para o estádio. A prioridade atualmente é a área do Gasômetro, no centro do Rio, que pertence ao Fundo Imobiliário do Porto Maravilha, gerido pela Caixa Econômica Federal. Mas há outras alternativas em estudo também no centro.
No caso do terreno do Gasômetro, o Flamengo espera estudo da Caixa para saber o valor a ser pago pela área. Já foi feito um cálculo que, em princípio, o terreno abriga um estádio com capacidade para pelo menos 80 mil pessoas. Para isso, terá de ser feita uma construção bastante vertical.
O Flamengo entende que há demanda de sua torcida para fazer um estádio com esta capacidade. O Maracanã atualmente abriga público de máximo 70 mil lugares, por conta de várias restrições do modelo de divisão de setores e de medidas de segurança exigidas pela Polícia Militar. Um estádio projetado do zero poderia superar essas dificuldades. E o clube vê seu público e sócio-torcedor crescente.
O preço do terreno vai determinar se vale a pena mesmo o investimento na área. Há outro terreno também em estudo na zona do Porto. O Flamengo tem priorizado essa região da cidade. Há a possibilidade de, inclusive, discutir com outras empresas projetos por ali que ajudassem no desenvolvimento da área do Porto.
Só a partir do momento em que definir um terreno viável é que o Flamengo vai dar sequência ao restante do projeto. Entre os pontos a serem levantados, o principal é obviamente determinar qual a forma de financiamento, seja levantando recursos com receitas ou financiando com empréstimos.
O Rubro-Negro tem como patrimônio, por exemplo, 40 apartamentos na zona sul construídos em uma antiga propriedade do clube, avaliados em R$ 160 milhões. Há ainda a possibilidade do dinheiro da Liga e da venda do banco em parceria com o BRB, embora ambos sejam hipóteses atualmente.
*Uol