O policial militar de 34 anos, identificado como Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, que foi preso no último sábado, 16, por exercício ilegal da medicina foi solto no domingo, 17, com dispensa de pagamento de fiança.
A juíza de plantão concedeu a liberdade provisória ao acusado sob as condições de que ele comparecerá ao Juízo competente trimestralmente para informar e justificar atividades; comparecerá sempre que for chamado e em todos os atos do processo e desde que comunique às autoridades qualquer eventual alteração de endereço. Caso Khlisto Sanderson deixe de cumprir alguma determinação, ele corre o risco de perder o benefício concedido. Quando foi preso, o acusado teria dito aos policiais que cursou medicina em uma universidade no Paraguai.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o policial militar foi preso após uma investigação deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE). A secretaria informou ainda, que, além de exercício ilegal da medicina, ele é suspeito de falsa identidade. “A captura ocorreu em um hospital em que o homem estava atuando de forma ilegal e contou com o apoio da Guarda Municipal de Paraipaba”, disse a SSPDS em nota.
A prefeita de Paraipaba, Ariana Aquino, foi ao Hospital Municipal de Paraipaba, onde o “falso médico” atuava, acompanhada de guardas municipais. Mais tarde, em publicação nas redes sociais, Aquino contou que precisou de coragem e determinação para seguir com a ação que resultou na prisão em flagrante do PM. “Ontem recebi a denúncia de um falso médico atuando na nossa Paraipaba. Me muni de coragem e determinação para fazer o que era certo: paralisar a atuação do falso profissional e determinar a ação da autoridade policial”, escreveu a prefeita.
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informou que, atualmente, o agente encontra-se afastado de suas atividades por meio de licença para tratamento de saúde. A PMCE também deve produzir um relatório para abrir um procedimento disciplinar junto à Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
As investigações revelaram que Khlisto Sanderson também responde por violência doméstica por suspeita de ter agredido uma mulher em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 2020.