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60% das vacinas contra Covid perdidas no Ceará estão fora do prazo de validade; para o Ministério da Saúde 10% é o razoável

No Ceará, ao todo, desde janeiro do ano passado, 21,7 milhões de doses de vacinas da Covid foram distribuídas para os municípios. Dessas cerca de 20 milhões foram aplicadas. Outras 54,5 mil unidades dos imunizantes foram perdidas. No geral, no Estado,o índice de perdas, felizmente, é pequeno. Representa 0,25% do total.

Mas, centenas dessas doses poderiam ter sido aproveitadas se tivessem sido utilizadas antes da validade vencer. Esse é o principal motivos de perdas de vacinas no Estado.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), as perdas físicas representam 99% do total de desperdícios. E, desse quantitativo, 65,14% (35.510) foram ocasionadas por vencimento da validade. As perdas das doses dos imunizantes podem ser físicas ou técnicas.

Na prática, a perda técnica é aquela que ocorre com o frasco aberto – por exemplo, no uso de vidros com múltiplas doses que, após abertos, a substância não é utilizada integralmente.

Já a perda física acontece com o frasco fechado e pode ser a quebra do recipiente, a validade vencida ou a exposição das doses fora da temperatura adequada.

Das 54.512 doses perdidas, os motivos são os seguintes:

35.510 doses: vencimento da validade (conforme a data estipulada pelo laboratório ou, no caso da Pfizer, por alcance da temperatura positiva)

18.424 doses: descarte devido alteração de temperatura:

26 doses: quebra de frascos

552 doses: perdas técnicas (como a aberta de fracos e o não uso integral do imunizante)

Segundo a Sesa, no caso da vacina do laboratório Pfizer, na qual o vencimento ocorre após 31 dias da temperatura positiva alcançada, é preciso que as cidades elaborem estratégias de vacinação que minimizem essas perdas.

Outro ponto de atenção, destaca a Sesa, são “as alterações de temperatura a que, muitas vezes, os imunobiológicos se submetem, com as frequentes quedas de energia nas suas redes de frio”.

O Ministério considera razoável até 10% de perdas e por isso na distribuição há a chamada reserva técnica. Todas as baixas devem ser comunicadas oficialmente pelos municípios ao Ministério da Saúde por meio dos sistemas de registro da vacinação. *DN

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